Tatu
Entre os Xavantes, fazer cócegas é impensável. No cerrado, região onde vivem, meninos e meninas conhecem essa brincadeira com o nome de “tatu”. Isso porque é muito difícil pegar o tatu quando ele se esconde na sua toca, não há quem o tire com as mãos. Pode puxá-lo pelo rabo, mas ele prende suas unhas na terra e não sai de lá por nada.
Como brincar de Tatu : A força é uma característica muito valorizada entre os Xavante, ao lado da valentia e da coragem. Mesmo que seja em brincadeiras, ela é importante entre as crianças. Na brincadeira do tatu, por exemplo, as crianças só se soltam umas das outras quando a pessoa que está “caçando” usa sua própria força.
Essa brincadeira é sucesso garantido nas mais diversas situações e proporciona risadas o tempo todo.
Peteca
O nome “peteca” – de origem Tupi e que significa “tapear”, “golpear com as mãos” – é hoje o mais popular entre todos os nomes desse brinquedo tão conhecido no Brasil.
Ainda hoje muitas pessoas aguardam o tempo das colheitas para elaborar seus brinquedos. Com as palhas do milho trançam diferentes amarras e laços e criam petecas de vários formatos.
O senhor Toptiro é cacique da aldeia Xavante Abelhinha, no Mato Grosso e costuma dizer que uma única brincadeira por dia é suficiente para animar as crianças. Para quem vive o tempo acelerado das grandes cidades, pode parecer incrível que um grupo de crianças de 4 a 13 anos consiga permanecer ocupado um dia inteiro com apenas uma brincadeira.
Depois de pronto, o brinquedo xavante está leve e ágil para ser usado em um jogo que exige as mesmas habilidades dos participantes: leveza e agilidade.
Como jogar : Essa brincadeira indígena é muito parecida com uma partida de “queimada” – aquele jogo de arremessar a bola no adversário – mas há algumas diferenças: troca-se a bola por meia dúzia de tobdaés; não existe um campo definido por linhas no chão; e, no lugar das duas equipes, dois adversários disputam a partida.
Cada jogador começa a partida com uns três tobdaé nas mãos. Ao mesmo tempo em que faz seus lançamentos, precisa fugir dos arremessos do adversário para não ser queimado. Esse “corre e pega” só termina quando uma pessoa é atingida por um dos tobdaé do outro. A pessoa “queimada” sai do jogo e dá a vez para um novo jogador, e a disputa recomeça.
Boca de forno - Origem: Cuiabá (MT)
Como brincar de Boca de Forno : Primeiro uma pessoa é eleita como “o senhor”; esta pessoa irá dar as ordens na brincadeira, os demais participantes terão apenas que cumprir suas ordens. A ordem consiste em achar um determinado objeto; caso a criança não consiga encontrar e trazer o objeto pedido, ela é obrigada a pagar uma prenda que pode ser cantar ou dançar uma música, imitar um bicho ou qualquer outra coisa.
Diálogo entre o “senhor” e os demais participantes:
Senhor: – Boca de Forno!
Crianças: – Forno.
Senhor: – Faz o que eu mandar?
Crianças: – Faço.
Senhor: – Se não fizer?
Crianças: – Toma bolo.
Então o “Senhor” pede para que as crianças peguem um objeto.
Variações
Pode-se formar dois grupos de crianças e, ao invés de um objeto, o “senhor” pode pedir dois objetos; o grupo que encontrar primeiro ganha e o segundo paga a prenda.
Amarelinha – Origem: Cuiabá (MT)
Como brincar de Amarelinha: com um giz, faça um desenho com quadrados ou retângulos numerados de 1 a 10 sendo que, no topo, deve-se colocar "céu" em formato oval. A partir daí, as regras são bem simples.
Para começar, você tem que criar a base do jogo. Existem já à venda tapetes base com a amarelinha desenhada, mas a verdadeira e tradicional é desenhada no chão com giz!
Então comece por desenhar uma fila de 3 quadrados, do mesmo tamanho, na vertical. Depois, sobre eles, desenhe 2, lado a lado, fazendo a junção dos mesmos coincidir com o centro do terceiro quadrado antes desenhado.
Continue desenhando sobre estes dois mais 1 quadrado, ao centro e, por cima dele, novamente mais 2. Termine com mais 1 quadrado e, no topo, desenhe um arco de um lado ao outro do quadrado.
Escreva em cada quadrado um número, pela ordem, de 1 a 9 e, no arco, escreva céu.
Agora é só encontrar uma pedrinha de dimensão média para começar a jogar.
Por: Dennize Luiza Oliveira
Colaboradores: Camila Lima de Souza, Geovana Costa e SIlva, Renato Coelho e Karolayni.
Referência:
https://mirim.org/pt-br/como-vivem/brincadeiras
https://www.criandocomapego.com/brincar-de-boca-de-forno/
https://turminha.mpf.mp.br/explore/direitos-das-criancas/lazer/brincadeiras-regionais
https://tempolivre.umcomo.com.br/artigo/como-brincar-de-amarelinha-12690.html
https://escolaeducacao.com.br/10-brincadeiras-indigenas/
Nenhum comentário:
Postar um comentário