quinta-feira, 25 de junho de 2015

Apresentação de Trabalhos - LABBRINC em 14ª JORNADA DO NÚCLEO DE ENSINO DE MARÍLIA

Trabalho N.º14727
Autor:RENATO COELHO, MARLLOS DE SOUZA DUARTE
Categoria:Resumo
Título:O JOGO DE XADREZ É COISA SÉRIA? A BRINCADEIRA E O LÚDICO NO ENSINO DO JOGO DE XADREZ
Tema:Tema Único
Resumo:Resumo: Através de uma pesquisa participante, buscou-se introduzir o jogo de xadrez entre alunos de uma escola pública de Goiânia, de forma divertida, alegre e historicizada, resgatando elementos lúdicos através das antigas lendas e histórias sobre as origens do jogo de xadrez. As regras do jogo de xadrez foram apropriadas pelos alunos através de contação de histórias (lenda de Sissa), encenações teatrais e brincadeiras. Esta pesquisa qualitativa teve como objetivo geral a inserção do jogo xadrez numa escola pública de forma lúdica, crítica e historicizada. Para alcançar os objetivos da pesquisa, foram realizadas oficinas de xadrez na escola em conjunto com as aulas de matemática, onde introduzimos a lenda e a história do xadrez, bem como a prática e experimentação com o tabuleiro, para promoção de uma vivência de forma lúdica, prazerosa e historicizada. Com esta pesquisa participante foi possível resgatar o jogo do xadrez na escola pública através de sua lenda e história, demonstrando novas possibilidades criativas no ensino do xadrez escolar, fugindo do ensino tradicional, mecânico e tecnicista vigente. Através de uma abordagem historicizada, lúdica e crítica, pôde-se tornar a aprendizagem do xadrez um momento prazeroso, alegre e divertido, além de promover nos sujeitos envolvidos uma verdadeira tomada de consciência sobre temas importantes relacionados questões sobre gênero, divisão de classe, racismo, relações de poder e inclusão.
Palavras Chave:Jogo de xadrez. Lúdico. Escola.
N.º Autores:1
DUARTE, MARLLOS DE SOUZA
UEG - Universidade Estadual de Goiás
http://www.inscricoes.fmb.unesp.br/publicacao.asp?codTrabalho=MTQ3Mjc=

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Relato da Reunião em 23-06-2015


Por que a criança brinca? Essa é a pergunta central que Vigotski faz ao leitor em seu texto "A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança", explicando que a brincadeira infantil surge a partir dos desejos irrealizáveis dentro do mundo adulto, e que são satisfeitos através de uma ação imaginária e ilusória, a brincadeira. 
Quando a criança pré-escolar deseja andar de cavalo, mas sabe da impossibilidade de realizar este seu desejo, então, ela começa a brincar com a vassoura, por exemplo, e este objeto, de forma imaginária, se torna um cavalo.
Para Vigotski, a criança na fase da primeira infância, não consegue diferenciar o campo visual do campo semântico. Já, a partir dos 03 anos (idade pré-escolar) a criança passa então a distinguir o campo visual e o semântico, ou seja, diferencia aquilo que vê (objeto) de seu significado (sentido).

"Isso torna-se possível em razão da divergência, que surge na idade pré-escolar, entre o campo visual e o semântico." (p. 26).

Para Vigotski o brincar infantil não é um lugar separado do real, ao contrário, para este autor a brincadeira e a própria situação real coincidem, sendo que as próprias regras do brincar advêm das regras do comportamento real.

"As ações da brincadeira que combinam com a situação são somente aquelas que combinam com as regras. " (p.27).

Para Vigotski qualquer situação imaginária vivenciada pela criança possui em si regras de comportamento, e também qualquer brincadeira com regras contem também situações do imaginário. Logo, para o autor a criança é livre, mas esta liberdade da criança é apenas  ilusória.
Vigotski ressalta ainda que durante a chamada primeira infância, a força impulsionadora para a criança está nos objetos, e estes acabam determinando o seu próprio comportamento. Já na idade pré-escolar, isso de fato não acontece mais, pois os objetos em si acabam perdendo o seu poder impulsionador de outrora, já que a criança começa a agir de forma diferente em relação a tudo o que vê.

"Devido ao fato de, por exemplo, um pedaço de madeira começar a ter papel de boneca, um cabo de vassoura tornar-se um cavalo, a ideia separar-se do objeto, a ação, em conformidade com as regras, começa a determinar-se pelas ideias e não pelo próprio objeto." (p.30).

Segundo Vigotski, nessa guinada na relação entre ideia/objeto, a brincadeira cumpre um papel fundamental e proporciona a efetiva transição para isso. O objeto que antes possuía predominância, passa então, a partir deste chamado momento crítico,  a ser um elemento subordinado ao sentido, e este por sua vez passa a ter predominância sobre o próprio objeto. Numa relação matemática, teríamos em um primeiro momento a fração OBJETO/SENTIDO representando a supremacia do campo visual sobre o semântico na primeira infância (0-3 anos). A fração se inverte quando surge o momento crítico, ou seja, quando o campo semântico (significados) supera o campo visual, criando uma nova relação SENTIDO/OBJETO, onde a partir de agora a criança passa a abstrair o próprio objeto, dando-lhe novos sentidos com base no imaginário.

"Dessa forma, na brincadeira, a criança cria a seguinte estrutura sentido/objeto, em que o aspecto semântico, o significado da palavra, o significado do objeto, e dominante e determina seu comportamento." (p.31).

objeto predominante                       objeto subordinado

OBJETO                   momento crítico              SENTIDO
SENTIDO                                                          OBJETO

   

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Relato da reunião em 09/06/15

Telefone de lata - autor: Ivan Cruz

Texto discutido: VIGOTSKI, L.S.  A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança. Revista Virtual de Gestão de Iniciativas Sociais.Tradução: Zoia Prestes e colaboradores. junho/2008. 

Neste encontro deu-se o início da análise e discussão do texto de Vigotski  "A brincadeira e o seu papel no desenvolvimento psíquico da criança" com tradução de Zoia Prestes e colaboradores. A intenção é iniciar os estudos das idéias e obras  do psicólogo russo L.S. Vigotski com um de seus textos clássicos sobre a brincadeira e a infância, para posteriormente recomeçar os estudos da primeira obra deste autor denominada "Psicologia Pedagógica". 
Em seu texto, Vigotski propõe elucidar qual a gênese da brincadeira e também qual o seu conceito, e ainda procura decifrar qual o verdadeiro papel da brincadeira no desenvolvimento da criança. Vigotski aponta que a brincadeira não é a atividade predominante na infância, mas sim a atividade principal, ou seja, é a atividade de maior importância para a promoção do desenvolvimento da criança. 
Vigotski desconsidera a definição de brincadeira pautado apenas na característica de satisfação da criança. Para ele, outras atividades podem propiciar maior satisfação à criança do que o próprio brincar. Por outro lado, o autor exemplifica que um jogo de regras pode não trazer satisfação à criança, pois ela pode perder o jogo e ter uma reação de insatisfação pelo resultado não alcançado. Sendo assim, para Vigotski a definição de brincadeira a partir do princípio da satisfação é um conceito errôneo. 
Vigotski alerta também nos parágrafos iniciais de seu texto, o perigo em querer "intelectualizar" ao extremo a infância, e corrermos o risco em perder de vista ou generalizar os sentimentos, impulsos, necessidades, afetos e motivações que atuam na criança durante o brincar.

"Inclino-me a atribuir a essa questão um sentido mais geral, e penso que o erro de uma série de teorias é o desconhecimento das necessidades da criança; teorias que entendem essas necessidades num sentido amplo, começando pelos impulsos e finalizando com o interesse como uma necessidade de caráter intelectual. Resumindo, há desconhecimento de tudo aquilo que se pode reunir sob o nome de impulso e motivos relacionados à atividade (...) Pelo visto, qualquer deslocamento, qualquer passagem de um estágio etário para outro relaciona-se à mudança brusca dos motivos e dos impulsos para a atividade." (VIGOTSKI, 2008, p.24)

Para Vigotski, na idade pré-escolar surgem diferentes necessidades e impulsos importantes para o desenvolvimento da criança, e que originam o próprio brincar. É justamente na infância que, segundo Vigotski, afloram os desejos e tendências irrealizáveis, onde as satisfações imediatas das crianças são frustradas através do adiamento de seus desejos. Sendo assim, dentro deste conflito irrealizável, imposto pelo mundo adulto, tais necessidades são então  satisfeitas no próprio brincar infantil. 

"Parece-me que, se na idade pré-escolar não houvesse o amadurecimento das necessidades não-realizáveis imediatamente, então, não existiria a brincadeira." (VIGOTSKI, 2008, p.25).

Os debates e análises deste importante texto de Vigotski continua no próximo encontro no dia 23 de junho às 18h30 na sala 12 da UEG campus Goiânia ESEFFEGO.


PRÓXIMO ENCONTRO
DIA 23/06/15
TERÇA-FEIRA ÀS 18h30
sala 12 UEG campus Goiânia - ESEFFEGO


sábado, 6 de junho de 2015

ENCONTRO 9 DE JUNHO (terça-feira) ÀS 18h30 SALA 12 ESEFFEGO



PRÓXIMO ENCONTRO:
DATA:  09 DE JUNHO (terça-feira)
HORÁRIO: 18h30
LOCAL: SALA 12 - UEG  CAMPUS GOIÂNIA ESEFFEGO

Texto para análise e debate no encontro: