Objetivo Geral
Democratizar o jogo de xadrez, resgatando o seu o componente lúdico para construção da função simbólica da consciência, impulsionando os processos psíquicos relacionados à memória, á logica, à criatividade, ao raciocínio, à inteligência e à construção da perspectiva espacial e social.
Metodologia
O enfoque metodológico adotado nesta ação de extensão, é de caráter qualitativo, trabalhando com significados, motivos, valores e atitudes que não podem ser traduzidos de forma linear em números ou ainda em apenas indicadores quantitativos. (MINAYO apud DESLANDES, 2007, p.21). Neste trabalho busca-se resgatar na criança o seu caráter de sujeito social, histórico e cultural (criança-sujeito), dando a ela o direito de se colocar como autora das ações sociais dentro do brincar e, mais especificamente, dentro do universo do jogo de xadrez. A Teoria Histórico Cultural, escolhida para este projeto, se fundamenta essencialmente no fato de que o desenvolvimento psicológico humano é um processo complexo, cujas origens se encontram nas condições e organizações do contexto social e cultural, construídos ao longo das vivências do indivíduo, e ainda conceitua a criança como sujeito histórico, que possui e produz cultura, como ator que fala, que sente, que duvida, que brinca, que sonha, e que ainda é capaz de interpretar o mundo. Sendo coerente com tais prerrogativas, escolheu-se então a metodologia da pesquisa-ação, que tem como princípio básico destinar a pesquisa científica a uma intervenção social através de uma mobilização de dimensão coletiva, gerando um processo de pesquisa-reflexão-ação, evidenciando um compromisso político e ideológico nas formas de abordagem dos problemas sociais (FRANCO, 2005, p.486).
A pesquisa-ação tem como pressuposto básico que os sujeitos nela envolvidos formam um grupo com objetivos e metas comuns, com interesse em solucionar determinado problema que emerge do próprio contexto em questão, onde cada um atua desempenhando papéis diferenciados, onde os participantes se tornam protagonistas da própria pesquisa. (Pimenta, 2005, p.523). O pesquisador age de forma dialética, as mudanças a serem alcançadas, não são impostas, mas decididas coletivamente, por todos os sujeitos da pesquisa. O efeito de intervenção emancipatória da pesquisa-ação produz conhecimentos, sendo que tais conhecimentos devem voltar para a realidade concreta que descreve, a fim de provocar mudanças. (MONCEAU, 2005, p.470). Nesta ação extensionista, nos propomos a seguir as diretrizes epistemológicas da pesquisa-ação, assim como sugere FRANCO (2005), através de uma ação conjunta entre professores, alunos da UEG, as crianças e seus pais. Todo o projeto será realizada com a comunidade infantil, e as aulas de xadrez realizadas na UEG Unidade ESEFFEGO em Goiânia, com aulas nos turnos matutino e vespertino. Serão criados compromissos com a formação de procedimentos críticos reflexivos sobre a realidade da ação lúdica no jogo de xadrez, através de uma dinâmica coletiva reflexiva com uma contínua formação e emancipação de todos os sujeitos envolvidos.
Nesta
ação de extensão, as crianças possuirão voz, seus relatos, comentários,
reclamações e digressões estarão sendo registrados e levados em consideração.
Local e Horários